8 de jul. de 2011




"Eram jovens, como haviam de ser.
Conheceram-se ao acaso, como muito acontece.
O interesse foi mútuo, e foi o suficiente para que trocassem telefones.
Não muito tempo depois, já degustavam dos prazeres da tenra paixão.
E foi com o tempo que decidiram ir morar juntos.
Planos; foram feitos muitos. Alguns deram certo, outros não.
Queriam criar filhos, só não queriam gerá-los, e assim o fizeram.
Foram dois; um casal. Tão espertos eram, e por que não seriam?
Aos amigos, uma coisa era clara, a educação dada a eles foi digna de mérito.
Mal perceberam e os filhos já trilhavam seus próprios caminhos.
O garoto, agora já um homem formado, era o melhor médico da cidade.
A garota, entrou para o ramo da arte, e tornou-se música de certa fama.
E os pais, orgulhosos ficaram. Criaram com louvor a prole de outrem.
Prole essa, que tivera sorte. A mesma sorte que muitos não conhecem.
Olharam para trás, e lembraram de tudo o que passaram.
Nem tudo fora flores, é claro. Mas por tudo o que viveram até ali,
nenhuma outra palavra era tão mais nítida do que 'sucesso'.
Tiveram êxito em vida, e seguiriam adiante até seus derradeiros momentos.
"

Histórias como essa, acontecem a todo dia, a todo momento, mas alguns incautos, por ensinamentos da era do bronze, querem brutalmente arrancar o direito cívico de uma minoria de poder ter essa história tão bela. Já vivi no limbo da ignorância e sei o que é ser preconceituoso, e sei o quão irracional é esse sentimento. Esse conto, poderia (e deveria) ser vivido por qualquer um, independente do seu gênero, raça ou crença. Porém, a realidade é outra, e vivemos num mundo de faz de conta, onde as aparências ditam as regras. Padres pedófilos, pastores igualmente, cultos obscuros, onde ainda se pratica o sacrifício animal como forma de oferenda a sabe-se lá o que, dentre outras tantas mazelas da nossa ignóbil sociedade. Valores morais são tão frágeis quanto a mais fina das vidraças, e tão efêmeros quanto a vida de uma mosca. É de se espantar que na era da informação, exista tanta gente desinformada. Até entendo que um dos pilares da ignorância é a preguiça, a mais pura e simples preguiça. Pessoas preferem seguir uma cartilha à terem os seus próprios questionamentos. Há tanto no senso comum que deveria ser extirpado das nossas mentes retrógradas. Há tanto conhecimento além do "arroz com feijão" que é dito há séculos em suas paróquias e centros religiosos em geral.

Foi através de muito suor, muito estudo, que atingimos o atual estado de evolução da humanidade. E ainda assim, em meio a tanta evolução, nos deparamos com guerras sem fundamento, ódio disseminado a esmo contra minorias sociais, violência gratuita e, inclusive, incentivada por quem deveria pregar o amor e a paz. Não precisa ser um gênio para perceber que o conto que dá título ao post remete-se a um casal sem gênero. Poderia ser João e Maria, como poderia ser João e João ou Maria e Maria. E a quem importaria, senão a eles mesmos? Hoje compreendo o quanto estava errado em julgar o homossexualismo como errado. Se um homossexual vier a ser errado, ele não é por ser homossexual, mas sim por suas atitudes. Assim como um pároco não pode ser considerado correto pelo simples fato de ser pároco, mas sim por suas atitudes como ser humano.

Talvez tenha me perdido nas ideias, e possa ter me tornado um tanto quanto disperso. Mas fiz claras referências às práticas religiosas e o preconceito contra os homossexuais, pelo simples fato de que é no cerne das religiões (principalmente as cristãs) onde reside o carro chefe da máquina chamada ódio. São textos como esse (link), que ainda me fazem ter esperança de que, em um dia distante, as pessoas aprendam a respeitar as diferenças. Não digo que aprendi, por que estou em constante aprendizado, filosofando. Mas e você? Já parou para pensar sobre o assunto? Já parou pra pensar que se João e José ou Maria e Joaquina andam de mãos dadas isso nada tem a ver com você? Já percebeu que se não estão fazendo mal a ninguém, que mal tem?

20 de mai. de 2011




Outrora sentira-se completo, pois desconhecia o avesso da solidão.
Outrora sentira-se destemido, pois nunca estivera vulnerável.
Outrora percebera-se imbatível, pois nada tinha a enfrentar.
Outrora almejara-se imutável, pois de coração rijo, não queria mudar.
Agora percebera-se humano, e com isso, sujeito a falhas.
Agora compreendera a irracionalidade, pois nela reside a emoção.
Agora respirara fundo, pois assim oxigena-se a mente.
Agora obtivera ar, e com ele, a certeza de que o amanhã virá.

7 de mai. de 2011




Nascera predestinado ao fracasso, em meio à sarjeta.
Esperança não tivera. E por que teria?
Fruto do acaso, largado à sorte,
não tivera o seio da mãe,
tampouco o carinho do pai.
Crescera rodeado de semelhantes,
que compartilhavam com ele o mesmo destino.
Reproduzira por acaso, saciando seus desejos primevos,
assim como fizeram os pais que não tivera.
Morrera à míngua, assim como viera ao mundo.

4 de mai. de 2011




Já faz um tempo que queria ressuscitar esse meu querido e falido Blog, mas faltava empolgação para falar sobre algo realmente interessante. Quem o acompanha desde o seu nascimento, em meados de 2007, sabe que desde a sua criação até os dias atuais "A Rapadura Dura" sofreu várias mutações até se tornar o que é hoje, uma espécie de Frankenstein sem uma cara definida, uma colcha de retalhos, por assim dizer. Comecei com o intuito de ser apenas mais um blog de comédia e humor fácil, até assumir que queria escrever sobre assuntos que me agradavam, até eu ser sugado por completo pelo ritmo trabalho/faculdade e perder a chance de escrever mais por aqui.

Pois bem, finalmente me veio a cabeça um assunto que achei pertinente compartilhar com vocês, nobres e fiéis leitores. Falarei sobre um assunto que todo mundo entende, em menor ou maior grau, falarei sobre nós mesmos, os seres humanos e as nossas particularidades enquanto pensadores (ou em alguns casos, peso para papel, né?).

Durante esses meus 26 anos de vida, entrando em discussões sobre os mais diversos assuntos, tanto na internet quanto de corpo presente, cheguei a seguinte conclusão: Uma grande parcela da humanidade opta pela mediocridade, opta pela informação mais fácil sem pesquisa ou contestações, em geral, as pessoas optam por pensarem o mínimo possível.

Quem nunca passou pela situação em que você começou a expor a sua opinião aprofundada sobre determinado assunto e se deparou com a cara de "tio, comi limão" do interlocutor? Esse tipo de atitude me parece um subterfúgio das pessoas que desejam fugir léguas de qualquer ideia que vá contra as suas próprias pré-concepções. Daí nascem os engessadores de pensamentos que perseguem os seres de mente pequena, como por exemplo a frase feita de que "Religião, futebol e política não se discute", ao que me pergunto: O que torna um assunto não discutível? A resposta para mim é clara. O que torna um assunto não discutível não é o assunto em si, mas a indisposição das outras pessoas que, talvez no intuito de preservar "aquela velha opinião formada sobre tudo", esquecem que além do preto e do branco, também existem as outras cores.

Vivemos em um mundo onde impera a lei do menor esforço, se você ousa expor o seu ponto de vista que vá de encontro contra o senso comum, facilmente você é taxado de inúmeros atributos negativos, tais como: sabichão, lunático, prepotente, dentre outros. Como se pensar diferente fosse um crime inafiançável digno de apedrejamento, onde ou você segue o rebanho e pensa como todos, ou tende a ser subjugado por determinados grupos de pensadores preguiçosos, quando pensadores, vale salientar. A maioria das pessoas se contenta em assistir aos Jornais televisivos, ler as suas revistas patrocinadas favoritas e tomar todas as informações como verossímeis, sem ao menos "ligar o filtro" do olho crítico e ver se a informação que estão absorvendo tem algum fundamento, e em uma discussão, esse mesmo tipo de pessoa vai defender com unhas e dentes esses conhecimentos - por assim dizer - adquiridos nas mídias de massa, e nenhuma informação externa, a qual essa pessoa tenha conhecimento, será útil, visto que essa pessoa simplesmente irá ignorá-la.

Portanto, amiguinhos, abram as suas mentes, não deixem as suas opiniões padecerem no Limbo da superficialidade. Muito mais do que um: "Parabéns Obama, até que enfim o Osama teve o destino que merecia" opte por pesquisar o verdadeiro intuito dessa campanha da "Guerra ao Terror", você acabará por perceber que por trás do suposto assassinato do ex-terrorista mais procurado do mundo, têm muita coisa mal contada desde o 11 de Setembro, por exemplo. Exemplifico dessa forma, pelo tema ser atual, mas isso se aplica a tudo, pare, pense, observe e tire as suas conclusões, mas evite ao máximo engolir informação sem antes averiguar se a mesma não tem um "Quê" de má intenção. Lembrem-se dos ensinamentos do, já consagrado, ET Bilú: "Busquem conhecimento!".

E o poder é de vocês!

26 de set. de 2010




Bom garotada, para quem ainda não sabe, há uns 5 meses eu saí debaixo das asas da minha excelentíssima mãe para me aventurar na desafiadora missão de morar só (Na verdade com mais 2 amigos, mas isso não tira o meu mérito, ora bolas) e diante dessa nova realidade, me deparei com uma habilidade que há muito havia sido esquecida, no caso, a arte de cozinhar (Sim, eu já cozinhava quando mais novo). Então, creio que eventualmente irão aparecer por aqui algumas receitas que eu criar ou aprender.

Dito isso, sejamos breves e vamos ao que interessa:

A Macarronada do Mal! (Até onde eu sei, receita de minha autoria. Rah!)

Ingredientes:

1 pacote de Macarrão parafuso.
2 latas de molho bolonhesa.
2 caixinhas de creme de leite.
1 lata de milho verde.
1 lata de ervilha.
1 pacote com 12 Salsichas.
1 vidro de azeitona recheada (pimentão).
1 vidro (250 g) de cogumelo champignon.
2 colheres de Azeite Extra virgem.
Óregano a gosto.
Salsinha gosto.
Sal a gosto.

==> Porção para 8 pessoas. (Ou 4 Igors)

Modus Operandi:

* Bem, primeiramente colequemos a água para ferver (no meu caso precisei de duas panelas).

* Enquanto isso corte as salsichas em rodelas, colóque-as em uma panela junto a duas colheres de azeite extra virgem e deixem dourar.

* Após a água ter fervido, coloque o macarrão na(s) panela(s) e esperem ele ficar no ponto.

* Depois retire a água da(s) panela(s) e coloque o resto dos ingredientes de forma igualitária (caso tenha utilizado mais de uma panela),

* Leve ao fogo baixo por alguns minutos até ter ficado bem misturado, e voilà, está preparada a macarronada do mal.


Até a próxima receita, nobres almas.

8 de set. de 2010




::Conversa comum::

Eu:
- E lá vai mais uma contradição religiosa...
Pessoa genérica:
- Cara, você é ateu?
Eu:
- Prefiro me definir como agnóstico.
Pessoa genérica:
- Isso é como estar no meio termo né?
Eu:
- Pff...



Com o advento da internet, ficou mais fácil encontrar pessoas que pensam parecido com você, e que por falta de espaço ou relativo receio de exclusão social preferiam ficar com a sua opinião silenciada pela esmagadora massa acéfala.

O próprio ateu deixou de ser visto como um ser abominável que devora criancinhas nas missas dominicais (Oh!?! Wait!). Vivemos em uma sociedade, que mesmo que a passos curtos, ruma para uma realidade menos primitiva e mais agradável de se viver (Maybe).

Tudo bem que o nosso estado é laico, e tudo bem que em nossas cédulas consta a inconstitucional frase: "Deus seja louvado", mas ora bolas, até que não estamos tão mal para um país com pouco mais de 500 anos e que tem como figura representativa das atuais eleições o palhaço Tiririca, dentre outros tão bizarros quanto. (Só não vale esquecer que o atual governador da "MuthaFuckin'" California é o Exterminador).

Porém não vou me perder do foco falando sobre política, já que o objetivo é falar sobre religiosidade, aliás, no meu caso, a ausência dela. Sejamos sinceros, em pleno século XXI ou mais aproximadamente 4,5 bilhões de anos do nosso planeta azul (Culpem o cristianismo pelo nosso calendário) não é possível que tanta gente ainda acredite nas sandices do catolicismo, ou nas reformas do protestantismo ou até mesmo nas asneiras do islamismo. Não importa a vertente religiosa, tudo parece tão absurdo quanto a lógica humana pode imaginar, e ainda assim, centenas de milhares de fiéis(sic) aglomeram-se em locais específicos para louvarem os seus deuses pessoais.

O pior de tudo, é que quanto mais fiel(sic) o indivíduo é, mais longe dos ensinamentos divinos ele se torna. É só pegar os inúmeros exemplos de padres pedófilos, pastores riquíssimos as custas das mulas-sem-cabeça-seguidoras, da própria igreja católica e o símbolo de ostentação mór chamado Vaticano, exemplos esses que só fogem aos olhos daqueles que têm ausência de inteligência, mais comumente chamados de seres-incautos-do-papai-do-céu.

Francamente, você que está lendo esse texto até aqui e está torcendo o nariz para a minha falta de delicadeza com o tema em questão, seja sincero, quantas vezes você leu o texto que norteia a sua religião? Como eu vi uma vez no "Tuínter" do @AlmightyGod: "To most Christians, the Bible is like a Software licence. Nobody actually reads it. They just scroll to the bottom and click "I agree"." que traduzido livremente seria algo mais ou menos como: "Para maioria dos cristãos, a bíblia é como uma licença de software. Ninguém realmente lê. Eles apenas rolam até embaixo e clicam "Eu aceito"."

-Mas tio Igor, você falou, falou e não disse o principal: Qual é o intuito desse artigo?

Calma cocada, primeiramente queria deixar claro que esse texto não tem intuito algum, e mesmo que tivesse, seria qualquer um, menos conquistar(Ui!) fiéis para o agnosticismo. Talvez ele tenha nascido de anos e anos de revolta com o sistema atual, que empurra goela abaixo padrões de vida impraticáveis, promessas de um mundo melhor após a morte, desde que seja vivida uma vida de submissão a um ser invisível que requer adoração acima de tudo e que lhe punirá por toda a eternidade caso você não acredite na sua palavra, mesmo que você tenha sido impecável em toda a sua vida no quesito boas ações, por exemplo.

Eu poderia me estender por mais inúmeras e inúmeras linhas para mostrar o meu ponto de vista a respeito das religiões e seus males, porém deixarei com vocês essa reflexão. E o poder é de vocês.

31 de ago. de 2010

Volto aqui para mostrar a vocês, a quem não viu claro, o melhor vídeo, o melhor texto e a melhor visão que achei sobre política&políticos da web. Em resumo, toda minha revolta e visão está nesse vídeo.



Enjoy!

30 de ago. de 2010

Segunda não é nem de longe o melhor dia da semana, a não ser que você não trabalhe, então para todos nós que odiamos com fervor a segunda-feira, preparei uma série de clipes do meu gosto que me fazem esquecer que é segunda. Ai vai:





Rodox - Quem tem coragem não finge




Mano Chao - Clandestino (ao vivo)



Cidade Negra - Pensamento



Paralamas do Sucesso - Alagados






E é isso galera. Agora é só esperar dar 0h e chegar a terça. hehe

¡Hasta la vitória!