LOST



Como prometido (pelo Twitter), estou aqui estreando essa nova sessão no Rapadura Dura. Motivado pelo fato de nos encontramos na derradeira temporada da série televisiva mais polêmica de todos os tempos e, não obstante, uma das melhores já criadas.

Logo no começo, temos o clássico "Previously on Lost" nos mostrando os acontecimentos finais da última temporada e logo em seguida apresentando-nos o mais novo formato que provavelmente guiará boa parte dessa temporada, formato esse que chamaremos por aqui de realidade alternativa, muito comentada na teoria dos universos paralelos.

Esqueçam os Flashbacks, esqueçam os Flashforwards, agora, durante os dois episódios introdutórios dessa temporada, temos uma narrativa que ora é contada nessa realidade alternativa, onde os passageiros do vôo 815 não caem na nossa, já amada ilha (Não confunda com amável) ora é contada através dos acontecimentos na ilha após a explosão da bomba de hidrogênio, levando os losties finalmente para o tempo ao qual eles pertencem. Tendo em mente desses detalhes, vamos agora para a resenha dividida entre as duas realidades.

Na realidade alternativa:

Logo no início, vemos uma cena de turbulência no avião que possivelmente representaria minutos antes do acidente que levaria os losties a ir de encontro à ilha, causando um diálogo entre Jack e Rose, que com a sua conhecida fé inabalável, acaba acalmando os nervos do mesmo. Alguns detalhes estranhos aqui e outros ali, Jack volta para poltrona e dá de encontro com o Brotha Desmond, que estava se sentindo incomodado com o seu vizinho de vôo, e aí meus caros, é mostrada em CGI uma visão que percorre a nossa famosa ilha dessa realidade, só que submersa. Depois temos Kate sendo vigiada pelo agente federal Edward, enquanto tem um breve encontro com Jack e logo após com o James. Vemos então outra característica bizarra dessa realidade, ao contrário da versão paranóica do Hugo que conhecemos, vemos exatamente o inverso, já que, segundo ele: "Nada de ruim acontece com ele, ele é o cara mais sortudo do mundo". Há alguns momentos entre Sun e Jin, uma conversa com alto teor irônico (ao que parece) entre Locke e Boone, uma possível tentativa de suicídio do pequeno Hobbit, digo... Charlie, onde Jack, com a ajuda de Sayid e da comissária de bordo, consegue salvar a vida do mancebo. Ao que finalmente chegam ao destino deles, Los Angeles.
[Fim da primeira parte]

Começamos a segunda parte com mais um mistério envolvendo o papai Shephard, seja lá onde ele estiver segundo o funcionário do aeroporto, ele não veio para Los Angeles dentro do seu caixão. Enquanto isso, a Srta. Austen diz-se com vontade de fazer pipi, e depois de relutar um pouco, o agente casca-grossa resolve liberar a moça, desde que ele vá junto com ela ao banheiro (Sem espiar, já que ele é um good guy e talz). Dentro do box, ela acaba conseguindo um jeito de escapar de lá, mesmo que não tenha sido exatamente como ela planejava. Dando continuidade à fuga, com uma ajudinha do Sawyer, ela consegue prosseguir sem muitos problemas. Ainda no aeroporto temos Sun e Jin barrados por problemas de comunicação e algumas cédulas não justificadas a mais na bolsa de Jin, Sun, ao ser perguntada sobre a possibilidade de entender a língua inglesa, nega com um inglês chinfrim, característico de quem realmente não sabe bulhufas. Voltando a fuga de Kate, depois de quase ser pega, ela consegue pular dentro de um táxi, mandar o motorista pisar no acelerador de um modo bem convincente (Entenda-se: Arma) e ao olhar para a passageira que ali se encontrava, "voilà", temos Claire dando as caras depois de tanto tempo ausente. Finalizando a parte da realidade alternativa, temos uma conversa entre Jack e Locke um tanto quanto bem aquém do que estávamos acostumados a ver, onde os dois se tratam cordialmente, da forma como era para ser lá na ilha.


Na ilha:
Kate encontra-se atordoada em cima de uma árvore, ao descer é abordada pelo Miles que parece estar tão perdido quanto ela. Com um pouco mais de pesquisa de campo, a jovem Austen percebe que eles estão no tempo pertencente a eles, com a escotilha explodida e tudo mais. Ela logo encontra Jack, que mal consegue se levantar e já desce a escotilha abaixo através de um belo chute de "Bom dia" do James, que possesso, coloca toda a culpa no Doc., que em contrapartida só pode se desculpar. Enquanto isso, Hugo e Jin estão na Kombi com o corpo moribundo de Sayid, até o Coreano ir de encontro com o som da voz estridente de Sawyer que só consegue praguejar. Praguejar até a Kate mandá-lo calar a boca enquanto escuta a voz da Juliet entre os escombros da escotilha. Voltando a Kombi, o iraquiano começa a filosofar sobre a morte e o que fez até aqui, ao que Hurley fica alerta para sons próximos, e mesmo sem sequer saber carregar uma pistola, ele vai de encontro ao som e acaba descobrindo que o causador do mesmo é o carinha que lhe ajudou a chegar à ilha pela segunda vez.

Benjamin Linus está catatônico, ainda não entende por que matou Jacob ou o porquê do mesmo ter-se deixado morrer. 'Locke' pede que ele traga Richard até aquele local, mesmo hesitando, ele acaba concordando. Fora da estátua onde Jacob se encontrava, estão Sun e Lapidus conversando sobre os recém chegados no local, que se auto intitulam os 'good guys', e eles não parecem comprar essa idéia. Richard tenta impedir Ilana de ir de encontro ao Jacob e em seguida Ben aparece dizendo que Locke quer falar com o Alpert, o mesmo, mostra ao Linus que seja lá quem for que esteja dentro da estátua, provavelmente não é o Locke que nós conhecemos, afinal, como foi dito na temporada passada: 'Dead is dead'. Voltando aos escombros da estação cisne, temos o grupo tentando resgatar a Juliet, mas por conta de uma viga empatando o caminho, Sawyer pede a Jin que vá buscar a Kombi que têm uma corrente nela. Jacob vai guiando Hurley até o corpo do Sr. Jarrah sem responder as perguntas do Bad Numbers boy, Jacob, após revelar que morreu há pouco mais de uma hora, incumbe Hurley da missão de salvar Sayid dizendo que ele deve ser levado para o templo e que Jin sabe onde é. Com Jin e já a caminho da escotilha, Hugo confirma as informações que só Jin saberia sobre o local onde fica o tal templo, e confirma também que não é tão doido quanto imaginava. Durante o preparo para o resgate da Lorinha ex-Hostil, ela para de emitir sons, ao que Sawyer mostra um lado não muito amigável dizendo - 'Se ela morrer, eu o mato'. Tirada a viga, Sawyer adentra os escombros e finalmente chega até Juliet. Temos então um dos momentos mais emocionantes do episódio, transformando aquele James enfurecido de agora a pouco em um exemplo de homem apaixonado (Oh! Que lindinho). Jack, logo percebe que nada pode fazer para ajudar o amigo iraquiano, Hurley, por outro lado, está convicto de que tem a solução.

Voltando a praia próxima a estátua, Ben é arrastado pelos missionários de Jacob e assim levado de volta ao "Fake Locke". Durante um diálogo tenso, os missionários começam a atirar contra o Locke versão entidade, e nada podem fazer. Segundos depois de desaparecer, o nosso querido Lostzilla reaparece matando geral, deixando vivo apenas o Benjamin. Ben a caminho da saída, logo percebe que alguém voltou, e sim, Locke nada mais é do que a versão personificada do Lostzilla.

Voltando ao momento romântico entre James e Juliet (JJ lovers? :D), temos as últimas trocas de palavras entre os dois, seguidas de um beijo, e quando ela iria revelar algo ao cara, ela acaba falecendo. Como o que é bom, dura pouco, ao sair com a lorinha nos braços, James volta ao seu lado rancoroso, e olhando para o Doc. ele solta: 'Você fez isso'.
[Fim da primeira parte]

Já de manhã, o grupo se divide, Sawyer e Miles vão enterrar os restos mortais de Juliet, enquanto Jack, Kate, Hurley, Jin e Sayid vão em direção ao templo. Ao chegar lá, depois de perambular um pouco pelo labirinto subterrâneo, acabam sendo apanhados pelo grupo dos mais novos outros, que acabam levando os losties para fora do labirinto dando de cara com O Templo. Do outro lado, após enterrar Juliet, James mostra porque pediu que Miles fosse com ele, afinal, não é todo dia que você encontra um Japinha que fala com mortos, não é mesmo? Após uma pequena pressão, Miles acaba cedendo e fazendo o contato com a Juliet do além, que tinha como revelação a simples frase - "Funcionou". De volta ao templo, somos apresentados a um Japa com pinta de Samurai do Japão Feudal, um cara no maior estilo John Lennon e surpreendentemente a comissária de bordo do vôo 815. Conversa tensa pra cá, conversa tensa pra lá, Hugo acaba convencendo eles de que eles estão a convite de Jacob, e ao entregar o case da guitarra, eles confirmam com um símbolo egípcio chamado Ankh, símbolo esse que representa a vida eterna. Após quebrar o Ankh de madeira, o tio Samurai acha uma carta destinada a ele, e após uma checagem dos nomes dos losties ali presentes, eles chegam à conclusão de que se o Sayid morrer... #FUUUUU.

Agora, já dentro do templo, após uma conversa entre o Japa e o responsável pelo corpo do Sayid, no caso o Jack, o mesmo autoriza o procedimento perigoso, sem ao menos saber do que se trata, provando que cada vez mais o doutor está deixando de ser aquele homem da ciência, deixando torna-se o homem de fé, tal qual aconteceu com o Locke assim que chegou à ilha. Por infelicidade do destino, o procedimento milagroso acaba falhando, ao menos é o que parece. Mesmo assim Jack ainda tenta ressuscitá-lo, mais uma vez sem sucesso. Após algum tempo, os outros-outros oferecem comida aos losties, e acabam trazendo para o templo Miles e James, que está inconsciente. Hugo é chamado para uma conversa com o Japa Samurai, que pergunta quando Jacob virá, ao que o Hurley responde: -'I really don't think that it's gonna happen, man'. De repente começa uma comoção nos arredores do templo, como quem se prepara para uma guerra, o Japa vai ordenando os outros-outros a irem cada um para os seus postos, espalharem as cinzas pelas entradas, reforçar as barricadas, acionar os sinalizadores e por aí vai. Então o Lennon, com cara de John Lennon, fala que eles não estão fazendo isso para manter os losties lá dentro, mas para manter ELE fora.

Voltando para o interior da estátua, temos uma conversa genuinamente esquisita entre Benjamin Linus e Fake Locke, que faz uma comparação direta entre o Locke real, os demais losties e entre ele mesmo. Pouco depois da conversa, os dois saem da estátua e 'o monstro' vai direto de encontro com o Alpert, e dá-lhe uma surra fácil e diz estar muito desapontado com todos ali presentes, pegando o já desfalecido Alpert e colocando no ombro, enquanto parte para algum lugar, que presumivelmente seria o templo. Voltando para lá, temos as cenas finais do episódio, onde os outros-outros chamam Jack para uma conversa, ele em um acesso de raiva se nega, e durante a confusão um milagre acontece. Ladies and Gentleman, Sayid Jarrah is back to life. :D



Obs: Peço perdão pelo texto tão extenso, as próximas resenhas serão no formato de pequenos resumos. Deixem seus comentários. ;)